O olho é um órgão delicado e frágil que está sujeito a vários tipos de patologia. Algumas são mais simples de detectar e tratar; outras, nem tanto.
O glaucoma, por exemplo, é a maior causa de cegueira irreversível, atingindo milhares de pessoas em todo o mundo. Caracterizada pela alteração do nervo óptico e aumento da pressão ocular, a doença é mais comum em pessoas acima de 60 anos.
Mas você sabia que ela também pode atingir o público infantil? Nesse caso, o nome da condição é glaucoma congênito.
Desvendando o glaucoma congênito
O glaucoma congênito é uma condição rara dos olhos que afeta desde recém-nascidos até crianças por volta dos 3 anos de idade. Sua principal causa é o aumento da pressão ocular devido ao acúmulo de líquido no local.
Isso afeta o funcionamento do nervo óptico e leva à cegueira irreversível, caso não seja tratada a tempo.
Para que a terapia seja administrada com eficiência, o glaucoma congênito precisa ser diagnosticado o mais rápido possível.
A boa notícia é que o exame-base para detectar a condição pode ser feito ainda na maternidade. Seu nome popular é “teste do olhinho”.
A importância do teste do olhinho
O teste do olhinho é bem eficaz para o diagnóstico de glaucoma congênito. Trata-se de um exame simples e rápido, que leva cerca de três minutos, feito até 30 dias após o nascimento. Nele, o médico coloca um feixe de luz no olho do bebê e observa o reflexo das pupilas.
Em uma criança com visão normal, o reflexo apresenta coloração avermelhada, além de ser homogêneo e simétrico. Caso o resultado seja de outra cor, ou o médico tenha dúvidas sobre o diagnóstico, o oftalmologista solicita novos exames e encaminha o paciente para tratamento.
O teste do olhinho é muito importante pois, além de detectar glaucoma congênito, também pode diagnosticar doenças como catarata congênita, infecções, traumas, tumores e cegueira.
Sintomas do glaucoma congênito
Bebês que nascem com glaucoma congênito podem apresentar características muito peculiares. Alguns exemplos são:
- aumento do tamanho do globo ocular;
- aspecto turvo e inchado da córnea;
- olhos vermelhos;
- secreção lacrimal em excesso;
- aversão à luz e claridade.
Por ser uma doença crônica, o glaucoma congênito não tem cura, mas pode ser tratado e controlado. Quando confirmada a patologia, o médico avalia o melhor protocolo para o caso. Ele pode receitar colírios para reduzir a pressão intraocular, realizar procedimento cirúrgico ou implante de próteses para drenar o líquido no interior do olho.
A prevenção é, sempre, o melhor remédio. Por isso, não deixe de fazer o teste do olhinho no seu filho, além de levá-lo ao oftalmologista ao menor sinal de problema.
O diagnóstico precoce aumenta as chances de o tratamento ser bem-sucedido, garantindo que a criança tenha mais qualidade de vida, sem perder a visão.